INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Reunião debateu inclusão do termo nos boletins de ocorrência

Na manhã desta quarta-feira (16) ocorreu reunião da Frente Parlamentar Mista Contra A Intolerância Religiosa, Homofobia e Discriminação Racial. Participaram a presidente da Frente, vereadora Claudia Furlanetto (PCdoB), o vice-presidente, vereador Wilson Lill (PSB) e representantes do Instituto Regional do Negro e de casas de religião de matriz africana. A pauta da reunião foi a discussão sobre a inclusão do termo “intolerância religiosa” nos boletins de ocorrência da polícia, assim estavam presentes na reunião o delegado regional da Polícia Civil, Adroaldo Schenkel e o delegado da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Passo Fundo, Gilberto Dumke. Durante a reunião, os representantes de religião de matriz africana colocaram diversos casos de intolerância religiosa e racismo sofridos pelos praticantes em seus ambientes de trabalho e até nas escolas e instituições de ensino. Também narraram um caso em que uma mulher foi vítima de intolerância religiosa, mas não conseguiu colocar o termo no boletim de ocorrência. Eles colocaram a importância de o termo constar no BO até para a questão de estatística, para que as associações e a sociedade saibam o número de casos registrados deste tipo de crime. Schenkel esclareceu que ao realizar um boletim de ocorrência, o comunicante tem o direito de incluir o termo intolerância religiosa caso desejar, já que é a história que ele conta que deve constar no documento. “ Se em algum momento isso não ocorreu o comunicante pode chamar o delegado responsável e pedir que o termo seja incluído, isso é um direito do comunicante”, explicou. Ele informou que o termo não está disponível para ser colocado no título das ocorrências, isso porque a polícia utiliza um sistema padrão que não disponibiliza esta nomenclatura para título. Mesmo assim, principalmente devido a questão das estatísticas, os delegados afirmaram que vão levar a questão aos seus superiores para que o termo seja incluído no sistema. Os delegados também sugeriram ações educativas para prevenir e conscientizar a população sobre este tipo de preconceito. Na próxima reunião da Frente, no dia 30, serão convidados representantes da Secretaria de Educação do Executivo para que ações neste sentido sejam implementadas.