HISTÓRIA

Fidêncio Franciosi teve conduta participativa junto à comunidade

A série “Revivendo Passo Fundo” consiste no resgate da história de pessoas que deixaram sua marca para o crescimento de Passo Fundo por ações e contribuições. O personagem desta edição é o agricultor, empresário, líder comunitário e ex-vereador Fidêncio Garibaldi Franciosi. Ele teve atuação marcante junto à comunidade, sendo líder em vários segmentos e figura política destacada com quatro mandatos como vereador em Passo Fundo e com participação importante no, então distrito, atual município de Coxilha.

Fidêncio Garibaldi Franciosi nasceu no dia 07 de maio de 1922 em Não-Me-Toque (RS), na época ainda distrito pertencente a Carazinho (RS). Desde muito jovem, já fora induzido a seguir no ramo da agricultura e fixou residência na área de Passo Fundo. Nesta época, ele habitou a região do então distrito de Coxilha.

Fidêncio se dedicou às atividades rurais em sua propriedade, se destacando como agricultor e obtendo protagonismo na vida pública daquela região. Com isso, ele teve colaboração importante no processo que culminaria no crescimento de Coxilha enquanto distrito de Passo Fundo, por sua pujança no âmbito rural.

Ele começou a obter protagonismo cada vez maior na região sendo uma figura pública respeitada, tanto que passou a se destacar também no meio político. Nas eleições municipais de 1959, Fidêncio concorreu a vereador pela primeira vez filiado ao Partido Social Democrático (PSD). Nesta ocasião, conseguiu ser eleito para a Câmara de Vereadores com 442 votos. Na 4ª legislatura (1959-1963), foi membro titular de Comissões Técnicas da Câmara como a Comissão de Reforma do Estatuto do Funcionário Público do Município; da Comissão de Obras Públicas e Nomenclatura de Ruas; da Comissão de Legislação e Redação; e da Comissão de Orçamento e Tomada de Contas.

Em 1963, Fidêncio participou novamente das eleições municipais representando o PSD, que compôs a Coligação Popular Passo-fundense, e foi novamente eleito com 645 votos. Na 5ª legislatura (1963-1969), ele foi 1º Secretário da Câmara e Presidente da Comissão de Orçamento e tomada de Contas. Durante este mandato, ele foi presidente da Câmara de Vereadores em 1964. Ele atuou em outro evento importante, mais precisamente em 1967, quando foi protagonista em episódio de garantia da retomada da Universidade de Passo Fundo (UPF) para a Sociedade Pró-Universidade de Passo Fundo (SPU), que era sua mantenedora, contra intervenção do governo estadual decretada em 1964.

Devido a sua grande representatividade, Fidêncio acabou concorrendo ao Executivo de Passo Fundo nas eleições de 1968 como vice-prefeito, em chapa com o concorrente a prefeito Anildo Sarturi, pela Aliança Renovadora Nacional (Arena). Eles conseguiram 2.156 votos, no entanto não alcançaram a prefeitura. Devido aos critérios, venceu a chapa do Movimento Democrático Brasieliro (MDB), composta por Cesar Santos e Guaracy Marinho.

Nos anos seguintes, Fidêncio seguiu na vida política chegando à vice-presidência da Arena em Passo Fundo, além de ser secretário-geral do partido, e se destacando como liderança em entidades ligadas ao empreendedorismo, ao comércio e atuando a frente de empresas. Mantendo uma estreita ligação com a sociedade como um todo, concorreu ao Legislativo novamente nas eleições de 1976. Representando a Arena, obteve 1.189 votos, sendo o terceiro mais votado da legenda e conquistando, mais uma vez, uma cadeira na Câmara Municipal. Na 8ª Legislatura (1977-1983), ele foi membro titular da comissão de Legislação e Redação, e da comissão de Orçamento e Tomada de Contas. Devido à volta do pluripartidarismo em 1980, ele optou pelo Partido Democrático Social (PDS).

Com tamanha relevância política no município, Fidêncio concorreu novamente a vereador nas eleições municipais de 1982. Representando o PDS, obteve 834 votos e garantiu seu quarto mandato. Na 9ª Legislatura (1983-1989), ele foi membro titular das Comissões de: Legislação e Redação; Educação e Bem-Estar Social; Obras Públicas e Nomenclaturas de Ruas.

Depois deste mandato, Fidêncio não concorreu mais a cargos políticos e seguiu administrando seus negócios e sendo uma liderança comunitária até enquanto foi possível. Como destaque de suas atuações fora da Casa Legislativa, foi integrante do diretório municipal do PDS, presidente de clubes, CTGs, CPMs, integrou a diretoria da Associação de Pais e Amigos dos excepcionais (APAE) e do Lions Clube Norte, além de ter sido diretor da Empresa Franciosi, Fossati e Cia.

Fidêncio Garibaldi Franciosi foi casado por mais de cinquenta anos com a sra. Olga Franciosi e faleceu no dia 19 de janeiro de 1995 em Passo Fundo. Um ano após seu falecimento, uma proposição do então vereador Luciano Azevedo, hoje ex-prefeito de Passo Fundo, oficializou homenagem a Fidêncio rebatizando uma avenida no bairro Annes com seu nome.

Arte: Comunicação Digital / CMPF