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Câmara de Vereadores de Passo Fundo/RS

NOTÍCIA

HISTÓRIA

Pedro Monteiro da Costa foi personagem atuante na política local

A série “Revivendo Passo Fundo” recupera a história de pessoas que colaboraram para o crescimento do município exercendo funções no poder público da esfera passo-fundense. O personagem desta semana é o advogado, funcionário público municipal e ex-vereador Pedro Monteiro da Costa. Ele foi uma figura pública de intensa atuação no cenário local, sendo vereador titular por duas oportunidades e suplente em outras quatro legislaturas. Como reconhecimento póstumo, uma rua da cidade leva seu nome.

Pedro Monteiro da Costa nasceu em Passo Fundo no dia 13 de abril de 1927, tendo estudado e se preparado em sua terra natal. Logo, resolveu seguir sua vocação e cursou o ensino superior. Ele se formou em uma das primeiras turmas como Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito, da Universidade de Passo Fundo.

Em sua área, não demorou para obter destaque e se inserir nos meios público e político do município. Durante este período, ele também se habilitou a exercer a função de funcionário público municipal, quando pôde se inserir ainda mais na política local. Ele se habilitou a ser figura ativa na política ao concorrer pela primeira vez a vereador nas eleições municipais de 1955. Concorrendo pelo Partido Social Progressista (PSP), ele obteve votação apenas para suplente. Na 3ª Legislatura (1955-1959), mesmo como suplente, ele assumiu a cadeira no Parlamento por diversas oportunidades. A partir desta amostragem, ele deixou boas impressões para a comunidade.

Elas se refletiram nas eleições municipais seguintes, em 1959, quando Pedro concorreu novamente a vereador pelo PSP e foi eleito para a Câmara Municipal com 407 votos. Na 4ª Legislatura (1959-1963), ele foi 2º Secretário da Mesa Diretora no biênio 1960 a 1961 e 1º Secretário da Casa nos anos de 1962 e 1963. Além disso, ele se destacou como membro titular da Comissão Especial de Reforma do Estatuto do Funcionário Público do Município. Além disso, foi membro titular de todas as comissões técnicas da Câmara.

Nas eleições municipais de 1963, Pedro mudou de legenda e concorreu à Câmara pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Nesta oportunidade, ele conquistou votação para suplência, devido à forte concorrência na ocasião. Mesmo assim, devido a sua atividade e respaldo político, ele acabou assumindo a titularidade por várias vezes durante a 5ª Legislatura (1963-1969), tendo atuação destacada. Por exemplo, ele foi presidente da Comissão de Obras Públicas e Nomenclatura de Ruas, membro titular da Comissão de Legislação e Redação, e da Comissão de Orçamento e Tomada de Contas, além de 1º Secretário da Câmara. Durante esta legislatura, ocorreu a implantação do bipartidarismo pela ditadura militar e ele optou pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB).

A sua grande produção e participação legislativa lhe garantiram respaldo ainda maior no meio político, tanto que Pedro se tornou figura de destaque no MDB local. Ele concorreu novamente a vereador nas eleições municipais de 1968. Mesmo conquistando 639 votos, considerado número razoável, acabou novamente como suplente na 6ª Legislatura (1969-1973). Neste período, ele seguiu com suas proposições, além de integrar todas as comissões técnicas da Casa.

Pela sua postura e trabalho mostrados junto à comunidade, Pedro se habilitou a tentar um novo mandato nas eleições de 1972. Concorrendo pelo MDB, obteve 953 votos, sendo um dos mais votados de sua legenda e conquistando seu segundo mandato como vereador titular. Durante a 7ª legislatura (1973-1977), manteve sua intensa atuação legislativa sendo líder de bancada, membro titular da Comissão de Legislação e Redação, além de ter sido vice-presidente da Câmara no biênio de 1975 a 1977. Além das funções no parlamento, ele teve reforçado seu prestígio interno atuando como secretário da comissão executiva do MDB local.

Dando sequência a sua caminhada política, Pedro concorreu mais uma vez a vereador nas eleições municipais de 1976 pelo MDB e conseguiu 642 votos, ficando mais uma vez como suplente. Nesta ocasião, a diferença em relação aos eleitos titulares pela legenda foi bem acirrada. Mesmo assim, na 8ª Legislatura (1977-1983), ele assumiu a titularidade por várias oportunidades, confirmando seu respaldo obtido no decorrer dos demais mandatos. Neste período ele ainda foi vice-presidente do MDB. Em 1980, com a volta do pluripartidarismo, ele acabou migrando para o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). No entanto, ficou por pouco tempo nesta legenda e integrou o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em 1982, ele se filiou ao Partido Democrático Trabalhista (PDT) e em julho deste mesmo ano, foi efetivado vereador titular devido ao falecimento do parlamentar Nervilho Piovesan.

Nas eleições municipais de 1982, Pedro concorreu novamente a vereador, desta vez pelo PDT. Porém, obteve 365 votos e ficou mais uma vez como suplente. Para a 9ª Legislatura (1983-1989), ele acabou sendo menos ativo do que nas legislaturas anteriores. Em 1985, migrou para o Partido Democrático Social (PDS).

Com uma intensa atuação política e voltada para as demandas da comunidade, Pedro Monteiro da Costa construiu um vasto currículo na política local, contribuindo para o crescimento da cidade. Ele faleceu em Passo Fundo no dia 18 de dezembro de 1986. Como reconhecimento de seu trabalho, seu nome foi dado a uma rua na Vila Popular, através de proposição do então vereador Isamar Oliveira e sancionada pelo então prefeito Luciano Azevedo em 2013.

Arte: Comunicação Digital / CMPF